Foram dois dias do workshop "40 anos de Restauro e Memória: Seminário da Boa Morte (1983-2023)", no Instituto de ciências Humanas e Sociais (ICHS). O evento propôs a retomada dos processos de reconstrução, restauro e recuperação do Seminário Menor de Nossa Senhora da Boa Morte, que abriga a atual sede do Instituto.
A mesa de abertura foi na quinta (30) e contou com a presença do professor, historiador e atual diretor do ICHS, Mateus Pereira, da professora e vice-diretora, Ada Magaly Matias, da superintendente estadual do Iphan, Danyela de Castro, do padre Leandro Neves, do Arquivo Eclesiástico, e do representante da Escola de Ofícios Tradicionais de Mariana, Ney Nolasco.
A vice-diretora Ada Magaly lembrou do esforço para reunir documentos e depoimentos que contassem a história do Seminário e sua transição para o que hoje é o ICHS. "A gente fez uma pequena força-tarefa aí com os alunos. Fomos à cata do documento, foi criado um grupo de WhatsApp da caça do documento, e realmente a gente conseguiu encontrar", recordou, acrescentando que "é um documento muito interessante, porque ele mostra exatamente o nascimento desse processo de ocupação e de utilização do prédio com uma nova perspectiva, ou seja, abrigar o recém-nascido Instituto de Ciências Humanas e Sociais".
O diretor Mateus Pereira informou sobre a reforma que está prevista para a cobertura do Instituto, principalmente nos forros que estão datados da última restauração. Ele ressaltou a importância da pesquisa que vem sendo realizada, de maneira informal, em que são ouvidos antigos servidores da UFOP que contam suas memórias do Instituto. O objetivo é remontar a história do ICHS.
"Algumas informações são lacunares, muito possivelmente algumas delas são mentirosas e fantasiosas. Mas elas pairam sobre a história e a memória do Instituto. Algumas delas eu ainda não pude apurar. A primeira informação que a gente tem para tentar pensar o futuro e o presente da manutenção desse prédio é sobre a relação da Universidade com a Arquidiocese, datada mais ou menos de 1967, ou seja, quando a UFOP foi pensada já existia o desejo da Cúria, muito em especial de Dom Oscar e do Cônego José Vidigal, de que Mariana mantivesse a sua vocação para a educação", relata.
O workshop contou ainda com uma aula aberta da Escola de Ofícios Tradicionais de Mariana, visitas à capela Nossa Senhora da Boa Morte e à Igreja da Sé.