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Representatividade do Neabi no Novembro Negro

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Rogério Bibiano
Membros do Neabi no Novembro Negro
As imagens de ilustração da campanha Novembro Negro deste ano contam com a participação de integrantes do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e indígenas (Neabi) da UFOP. A ideia é destacar a importância da representatividade negra e celebrar a diversidade racial na UFOP, bem como demarcar um espaço de visibilidade e respeito aos corpos e histórias negras na comunidade acadêmica e nas cidades ao redor dos campi Ouro Preto, Mariana e João Monlevade. Pela primeira vez a campanha traz pessoas pertencentes à comunidade universitária, ao invés de usar imagens de bancos de fotos.
 
O pró-reitor adjunto de Graduação e coordenador-geral do Neabi, Clézio Gonçalves, reforça o impacto histórico deste momento, especialmente para o Núcleo. Ele vê a campanha como uma ação de aquilombamento e ocupação de espaços historicamente negados à população negra. Para Clézio, o registro fotográfico reafirma a presença negra na UFOP e significa uma conquista não apenas pessoal, mas para o núcleo enquanto coletivo. "É uma força que brota da energia, da representação, do corpo dentro da Universidade. O corpo negro se fazendo presente nas fotografias, sendo dirigido com muito respeito e reconhecimento da beleza negra que se faz presente aqui hoje", reflete. Ele enfatiza também o poder do Núcleo em fortalecer o pertencimento dos estudantes negros e expor, com orgulho e beleza, sua identidade para toda a comunidade acadêmica e cidades vizinhas, e "mais do que isso, saber que o Neabi faz parte da UFOP e constrói junto com ela um Novembro Negro significativo para a história da nossa Instituição", finaliza.
 

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Rogério Bibiano
Membros do Neabi no Novembro Negro
Integrantes do Neabi participam do ensaio
 
Outra participante do ensaio é a professora Roberta Fróes, diretora do Instituto de Ciências Exatas e Biológicas (Iceb) e vice-reitora escolhida pela Pesquisa Paritária para a próxima gestão. Integrante do Neabi, ela considera essa participação um momento simbólico e uma "oportunidade de evidenciar a pluralidade da Universidade. É primordial mostrar essa diversidade que nós temos de pessoas e corpos na Instituição, em todos os espaços e ambientes." Como futura vice-reitora, Roberta se reconhece como inspiração para as estudantes mais jovens: "Hoje temos um índice de entrada de mais de 50% de meninas pretas na UFOP. Isso para mim tem uma importância muito grande, porque eu sou uma mulher preta e represento a maioria das alunas. Eu espero honrar muito esse papel, de ser essa pessoa que elas possam olhar e ter como referência". 
 
A coordenadora adjunta do Neabi e presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Mariana (Compir), Aída Anacleto, compartilha uma visão de pertencimento que transcende o tempo. Ex-aluna da Instituição, ela destaca a importância dessa representatividade "para nós que somos UFOP de muito tempo e nós que somos UFOP hoje, pois venho de um tempo em que éramos muito poucos e poucas na Universidade. De um tempo em que os que nos conhecíamos e entendíamos como pessoas negras éramos, no máximo, cinco pessoas". Ela também afirma que a universidade pública cresceu junto com os avanços da comunidade negra, referindo-se ao impacto das políticas afirmativas e ao aumento significativo de alunos negros na universidade, "a partir de um olhar que permite que nós, pessoas da nossa comunidade e do Brasil todo, possam estar aqui e fortalecer essa Universidade que já é gigante". Por fim, Aída destaca a necessidade de fortalecer a integração entre a UFOP e as comunidades ao seu redor, enfatizando que ainda há espaço para a Universidade fazer mais. "Ouro Preto, Mariana e João Monlevade podem mais", expressa ao ressaltar o desejo de ver a Instituição e as cidades ampliando os cursos e acolhendo ainda mais os jovens negros da região.
 
Também fizeram parte do registro para a campanha do Novembro Negro o jornalista Rondon Marques Rosa e os estudantes Leliane Amorim Faustino, da Pós-Graduação em História, Luzia Nunes, da Nutrição, e Elioenai Henrique Flores, da Engenharia de Produção, em João Monlevade.
 
Além de um registro visual,  a sessão é um ato de celebração e reafirmação da presença e da importância da comunidade negra na academia. Ao ouvir e retratar essas vozes, a UFOP reforça o compromisso com uma educação que reflete a diversidade da sociedade e promove o sentimento de pertencimento entre todos os seus membros.
 
 
 

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