Criado por Daiane Bento em sex, 06/05/2016 - 17:08 | Editado por Chico Daher há 8 anos.
No dia 5 de novembro de 2015, um desastre assolou o município de Mariana e atingiu diversas cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo, deixando danos humanos e ambientais inestimáveis. Ontem (05), após exatos seis meses do rompimento da barragem da Samarco, ocorreu um encontro para analisar e fazer um balanço dos impactos e das ações realizadas.
A cerimônia de abertura aconteceu pela manhã no Hotel Providência, em Mariana. A mesa foi composta pelos representantes da FIOCRUZ, Valcler Rangel e Zélia Profeta, por Breno Longobucco, da Força Tarefa do Governo do Estado de Minas Gerais, pelo o prefeito da cidade, Duarte Gonçalves Júnior, por David Stevens, da UNISDR/CERRD, e, representando a UFOP, o pró-reitor de planejamento Rodrigo Bianchi.
Na abertura, todos falaram da importância de encontros como esse acontecerem periodicamente, pois os impactos vão se alastrar por anos e precisam continuar sendo estudados. Criação de novas políticas no ramo da mineração, estudos e atividades pontuais nas comunidades atingidas, assistência às vítimas da tragédia, e, principalmente, entender a dimensão dos problemas causados para evitar novas catástrofes foram colocados como pautas do evento. O pró-reitor Rodrigo Bianchi acredita que a UFOP, como uma instituição pública, deve utilizar de sua tecnologia e pesquisa voltada para o bem social. “Participando desse seminário, a UFOP vê uma maneira de integrar a parte social e humana com nossos recursos, demonstrando que devemos ter algo sistêmico, que evolua para estabelecer novas legislações e rotinas e, então, analisar qual é o papel da mineração para Minas Gerais”, conclui o pró-reitor.
O auditório estava cheio e os participantes se estendiam a estudantes e pesquisadores, assim como órgãos do governo, organizações da sociedade e movimentos sociais. A UFOP foi representada nos dois dias de evento (5 e 6) e participou das mesas: “O Marco de Sendai e a governança de riscos de desastres na mineração” e “Uma nova dinâmica de desenvolvimento econômico e social sustentável com Projetos de Mineração”.
#UmMinutodeSirene, ação que acontece todo dia 05 de cada mês, representando a sirene que nunca tocou para avisar os moradores do rompimento da barragem, ocorreu na Praça da Sé, além de uma conversa com os moradores locais sobre suas experiências pessoais com a tragédia.
Foram dois dias intensos para incomodar quem participava, a fim de mobilizar mais ações e pesquisas para amenizar as consequências.