O Cine Vila Rica apresenta a "Mostra Modernismo Queer: Diversidade Sexual no Grupo de Bloomsbury", organizada pela professora Maria Rita Drumond Viana, do Departamento de Letras (Delet/ UFOP), como parte das atividades do projeto de extensão Modernismos Centenários e do Núcleo de Estudos Literários.
A Mostra tem como propósito lançar um olhar retrospectivo sobre a Inglaterra, especialmente sobre o influente grupo de Bloomsbury, que se destacou como um dos principais movimentos modernistas do início do século XX. Nesse grupo, encontramos figuras como Lytton Strachey e Virginia Woolf, renomados artistas, escritores e intelectuais.
Além disso, busca não apenas explorar as afetividades que desafiaram as normas vigentes, incluindo perspectivas feministas, mas também resgatar e reinterpretar essas histórias de amor e diversidade sob uma nova luz, desfazendo a concepção errônea de que as expressões de diversidade sexual são uma criação recente. Na verdade, essas narrativas remontam a um século atrás, reafirmando assim sua relevância e impacto duradouro.
Os filmes que estarão em cartaz são:
Carrington (1995) — Dirigido por Christopher Hampton, o filme, ambientado no início do século XX, narra o relacionamento entre a pintora Dora Carrington e o escritor Lytton Strachey. Enquanto Strachey lida com sua própria sexualidade e identidade, sua ligação com Carrington desafia as convenções sociais da época. O filme explora a intimidade e as dificuldades do amor não convencional, dando um vislumbre das complexidades da diversidade sexual na sociedade do período.
As Horas (2002) — Dirigido por Stephen Daldry, o filme é inspirado no romance homônimo de Michael Cunningham e conecta três histórias interligadas ao longo de diferentes décadas. As personagens são: Virginia Woolf, início do século XX, Laura Brown, anos 1950, e Clarissa Vaughan, anos 2000. Cada uma delas enfrenta desafios relacionados à sua sexualidade e identidade, explorando a maneira como o passado influencia o presente.
Vita e Virginia (2018) — Dirigido por Chanya Button, o filme mergulha na vida e no relacionamento entre a escritora Vita Sackville-West e a renomada autora Virginia Woolf. Ambientado na década de 1920, retrata a intensa atração e conexão intelectual entre as duas mulheres, desafiando as expectativas sociais e as normas de gênero da época.
Maurice (1987) — Dirigida por James Ivory e baseado na obra de E.M. Forster, o filme acompanha a jornada de Maurice Hall, um jovem aristocrata britânico que luta para compreender e aceitar sua sexualidade em uma sociedade conservadora e repressiva do início do século XX. À medida que ele busca encontrar sua identidade e amor verdadeiro, o filme aborda as complexidades das relações homoafetivas e as barreiras que o mundo ao seu redor impõe.