Criado por Nathália Fiuza em sex, 15/07/2016 - 11:58 | Editado por Nathália Fiuza há 8 anos.
O fotógrafo da exposição, Eduardo Tropia, exalta a experiência em registrar um projeto que se desenvolve dentro de um lugar tão encantador como o circo. "Esteticamente as fotografias são muito bonitas, o circo por si só já é maravilhoso. Os malabares, as acrobacias, tudo que acontece em uma lona de circo já é um prêmio". Eduardo ressalta também que as fotografias mostram a emoção do espetáculo e o envolvimento das crianças, que vão crescendo e se encontrando dentro do circo.
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Edilaynne Paula de Lima, estudante de artes cênicas e umas das bolsistas do projeto, destaca que o principal objetivo do programa é trabalhar não só o corpo e as técnicas circenses, mas também o subjetivo de cada um. "A gente sentiu uma necessidade de trabalhar com eles um resgate de pertencimento do espaço, da cidade, de identidade, porque essas crianças por estarem à margem, muitas vezes não são vistas, não são apoiadas". Ela acrescenta ainda que com o passar do tempo a evolução de cada participante fica muito visível e que todos se mostram felizes e empenhados em participar. "Quando a gente pergunta o que o projeto representa para eles, muitos dizem que é família, resistência, divertimento, sonhos... e é sempre muito gratificante ouvir isso".
O morador de Ouro Preto Rodrigo Mendes Morais foi aluno do Circo, Arte e Educação por dois anos e atualmente participa como bolsista de artes cênicas. Ele conta que sempre teve vontade de trabalhar na área da educação, e que a experiência adquirida durante o tempo que foi aluno do projeto o fez perceber que as artes seriam um ótimo caminho para o ensino. "Aqui eu vi uma nova forma de ensinar, a arte pela educação e percebi que é possível ir além e trabalhar com questões como cidadania, família, valores", afirma.