A exposição Singularidades e memórias no velho continente: veredas de um ensaio fotográfico faz parte do acervo de cerca de 9 mil fotografias artísticas que o professor de Jornalismo e artista, Adriano Medeiros, registrou durante doutorado em Barcelona. As imagens ressignificam locais da Europa, e congelam histórias vivenciadas pelo olhar particular de um observador sobre o cotidiano.
De acordo com Adriano, as fotos expressam muito de seus sentimentos nos locais em que foram tiradas. “As imagens vêm desse íntimo, desse processo que é absolutamente pessoal. É um registro de foto muito mais experimental, do ver alem daquilo que é o óbvio. Eu não quero dizer verdades com aquelas imagens, eu quero dizer exatamente singularidades, subjetividades, abstrações, desejos, sensações.”
O processo de escolha das fotografias contou com a curadoria do professor de Fotojornalismo, André Luís Carvalho, e da professora de Fotografia e técnica Monique Campos. Para André, “o ensaio se propõe a um olhar em profundidade do bom humor de algumas cenas engraçadas, os recortes fugindo do padrão do lugar comum, a não preocupação em mostrar uma foto mais descritiva, de um turista de primeira chegada”.
Segundo Monique, o artista aborda cenários e elementos típicos da cidade europeia de uma forma muito criativa, que vão além do aspecto documental. “Há muita relação entre arte e fotojornalismo nas fotos. Adriano trabalha com muitos detalhes e comparações, molduras, jogo de luz e sombras. É como se ele te oferecesse um óculos para enxergar o que ele vê.”
As fotografias foram feitas durante nove meses. O objetivo dos registros não era o de formar uma exposição, mas de captar as sensações do ambiente e as indagações que ele instigava. Cerca de 9 mil fotografias artísticas foram tiradas durante o período, e 29 delas compõem a exposição. A ideia do artista é que a mostra circule por outras regiões e países, e que possa ser modificada de acordo com as características do locais e as percepções do público.
A exposição ocorre até o dia 31 de julho, no (GLTA), na Rua Paraná, 136, no centro de Ouro Preto. O horário de visitação é das 8h às 18h, todos os dias.