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Calouros aprovados na primeira chamada fazem confirmação presencial de matrícula

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Lívia Ferreira

Candidatos aprovados na 1ª chamada dos ingressantes do SiSU 2019/1 realizaram a matrícula presencial no último sábado (9). Compareceram ao Campus Morro do Cruzeiro 740 estudantes para confirmar a matrícula e apresentar a documentação.

A confirmação presencial movimentou também os servidores da UFOP, que foram instruídos em oficinas sobre os procedimentos para atendimento às diversas demandas de cotas, fosse pelo quesito financeiro ou étnico. Essas informações são necessárias para a homologação das matrículas dos estudantes. Além da entrega da documentação, a matrícula contou, pelo segundo período consecutivo, com a entrevista de autodeclaração étnico-racial, que busca garantir que as cotas raciais beneficiem apenas as pessoas que se enquadram nas condições exigidas, evitando possíveis fraudes.

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Lívia Ferreira
Mais de 700 alunos se matricularam no sábado (9).
Ester Maria, que começa o curso de Letras na UFOP neste semestre, aprova a decisão da Universidade de realizar o procedimento para verificação racial no mesmo dia da matrícula. A caloura relata que ficou nervosa antes da entrevista. "A gente se aceitar negro já é um processo, e quando chegamos aqui pensamos: e se alguém virar pra mim e disser que eu não sou? Mas é um processo muito necessário para que não haja fraudes e acabou sendo tranquilo".

A demanda por uma Comissão de Heteroidentificação no ato da matrícula presencial surgiu após 40 das 50 denúncias de fraudes serem apuradas e comprovadas como fraudes. Segundo o pró-reitor adjunto de Graduação, Adilson Santos, o trabalho da comissão é também um procedimento de característica educativa, sobre o qual o estudante toma conhecimento previamente à matrícula. Dessa forma, a Universidade passa a não admitir que uma pessoa que não atende aos requisitos da política de cotas ocupe uma das vagas. 

O pró-reitor adjunto também esclarece os princípios do trabalho da comissão: "Do ponto de vista operacional, nós temos preparado as pessoas que trabalham na comissão para que primem pelo respeito à dignidade humana, ou seja, nenhum candidato será afrontado no tratamento que a nossa comissão confere. Para a Universidade Federal de Ouro Preto, perseguimos a única e tão somente garantia de que essa política pública, que essa política de cotas, se volte realmente para as pessoas a que se destinam."   

Uma das preocupações da comissão é realizar a entrevista sem que o candidato se sinta ainda mais desconfortável numa situação que é difícil para ambas as partes, tanto para o entrevistado quanto para a comissão julgadora. A avaliação é feita a partir do fenótipo de cada candidato, não levando em conta apenas a herança familiar. "Na entrevista, a comissão vai verificar unicamente as características fenotípicas da pessoa. Vai verificar se essa pessoa que se considera, que se diz negra, seria vista como tal pela sociedade", explica Adilson.

Ainda tem dúvidas se você se enquadraria nas cotas raciais? Leia sobre como a política funciona aqui na UFOP.

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