O Dia Internacional da Mulher, celebrado anualmente em 8 de março, é uma ocasião que transcende fronteiras e culturas para reconhecer as conquistas sociais, econômicas, culturais e políticas das mulheres ao redor do mundo. Esta data não apenas honra as contribuições das mulheres, mas também serve como um lembrete da contínua luta pela igualdade de gênero e pelos direitos humanos.
Desde suas origens, no início do século XX, o Dia Internacional da Mulher tem se consolidado como um marco de reflexão, celebração e ação, inspirando comunidades a se unirem em prol de um futuro mais equitativo e inclusivo para todas e todos. Neste dia, recordamos não apenas as vitórias alcançadas, mas também os desafios que ainda persistem, reafirmando o compromisso coletivo em criar um mundo em que cada mulher possa viver plenamente seus sonhos e potencialidades.
Na nova gestão da Universidade, a representatividade feminina ganha destaque. As três pró-reitorias que representam os pilares da Instituição — ensino, pesquisa e extensão — estão sendo comandadas por mulheres, o que evidencia a liderança feminina como motor de inovação e transformação. Essa estrutura de comando reflete não apenas um avanço significativo na promoção da igualdade de gênero, mas também reafirma a diversidade como um princípio essencial para o desenvolvimento acadêmico e social, corroborando a missão da UFOP de construir um ambiente inclusivo, além de fortalecer e inspirar toda a comunidade acadêmica.
Segundo a pró-reitora de Graduação, Marlice Nogueira, o desenvolvimento da carreira científica de mulheres pesquisadoras e profissionais do ensino superior no Brasil não pode ser compreendido sem levar em conta processos históricos de enfrentamento das desigualdades sociais e, especialmente, das desigualdades de gênero. “A naturalização de ocupações consideradas femininas impediu, por muito tempo, que mulheres ocupassem espaços importantes na ciência, como também espaços de poder em diversos âmbitos da sociedade".
Para ela, os espaços de gestão ainda são muito masculinos, “e o mesmo fenômeno se deu historicamente na UFOP, quadro que tem se modificado gradativamente. O exemplo disso é que tivemos uma mulher ocupando a reitoria por oito anos. Hoje, nós mulheres ocupamos espaços diversos da gestão universitária, seja na reitoria, pró-reitorias, diretorias e coordenadorias, e tais conquistas representam importantes passos para o alcance da equidade de gênero em nossa Universidade”.
A pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Paula Mendonça, afirma que há uma crescente ascensão das mulheres na academia, principalmente em cargos de liderança, mas que isso não é fácil. “Frequentemente nós somos desestimuladas, muitas vezes pelos próprios pares, de que somos capazes e competentes. Então se torna um desafio conciliar as diferentes funções de ser mulher, pesquisadora, mãe e vencer outras barreiras históricas com relação a quem pode falar, quem tem poder de decidir sobre a ciência”. Para Paula, ocupar uma pró-reitoria é um cargo de prestígio, “e no caso da pesquisa, eu considero que seja ainda mais, porque eminentemente é um cargo que ao longo dos anos tem sido ocupado por homens. Estar nesta posição, neste momento, mostra que há na Universidade uma preocupação com as mulheres”.
Cada trajetória feminina na Universidade é prova viva da força da mulher, da resiliência e da capacidade de transformar desafios em oportunidades. Que o 8 de março não seja apenas uma data simbólica, mas sim uma inspiração para seguirmos quebrando barreiras e cultivando um ambiente em que o talento e a liderança de cada mulher se façam presentes, não apenas como um marco de conquistas, mas como base para uma sociedade futura ainda mais justa e transformadora.