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Conselho Universitário aprova resolução que proíbe trotes na UFOP

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Antonio Laia

A medida  busca assegurar o bem-estar dos alunos, garantindo que práticas consideradas abusivas ou vexatórias sejam proibidas na Universidade, com base em denúncias das próprias vítimas. A construção do documento, aprovado em reunião do Conselho Universitário (Cuni) no último dia 14, se deu a partir de estudos apresentados pela Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (Prace), em conjunto com o Núcleo de Direitos Humanos da UFOP (NDH/UFOP), regulamentando, assim, um tema polêmico presente em, praticamente, todas as instituições de ensino superior do país. 

A resolução prevê, ainda, que a UFOP desenvolva, em caráter permanente, ações de conscientização e combate ao trote violento. Isso pode ocorrer por meio de campanhas educativas e incentivo a atividades permanentes de conscientização que promovam a convivência solidária, a ética e a paz.

Para a pró-reitora de Assuntos Comunitários e Estudantis, Camélia Vaz Penna, a aprovação dessa resolução representa uma postura firme da Universidade a respeito dos trotes. "O Conselho Universitário aprovar essa resolução é como dizer para a comunidade: nós não toleramos trote". Além disso, demonstra segurança aos estudantes que podem se sentir amparados por esta Instituição. "Paralelamente, temos também a consciência de que a UFOP precisa caminhar em programas de prevenção e conscientização da comunidade acadêmica, zelando pelo bom convívio", complementa Camélia. 

INFORMAÇÃO - Considerando todos esses fatores, o calouro já será informado, no momento da sua chegada, que a UFOP não tolera o trote, e quais são os canais que ele pode usar para fazer denúncia, caso sofra algum tipo de abuso. "Colocamos  no papel uma demanda que existe na Universidade, mas para a qual não existia, até então, qualquer regulamentação interna", comenta a psicóloga da Prace, Joseane Teixeira. Ainda segundo ela, é uma forma de deixar claro o que a Universidade está categorizando como trote e como ela irá proceder diante disso. 

PRECONCEITOS - A resolução do Cuni também trata diretamente a questão do preconceito. De acordo com o aluno do curso de Direito da UFOP e membro do NDH, Samuel Júnior, responsável pelos projetos desenvolvidos junto à Prace, ele defende uma UFOP com ambiente igualitário e democrático, isenta de tais práticas (como a LGBTTQIfobia) que acontecem em suas imediações e espaços de convívio acadêmico, como as moradias institucionais que são de responsabilidade administrativa da UFOP. "A ação da Universidade a respeito disso não pode ser apenas no sentido de não discriminar, mas deve, sim, possuir ações positivas de promoção do respeito, da diversidade, do acesso e da proteção de minorias", complementa. 

Durante a votação, o NDH manteve a posição em defesa da aprovação da minuta. O Diretório Central dos Estudantes (DCE/UFOP) também votou favorável à aprovação.

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