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Reitoria faz balanço da suspensão das atividades presenciais após dois meses de pandemia

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Antônio Laia
Com atividades presenciais paralisadas há mais de 60 dias, a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) continua ativa, principalmente nas ações contra o avanço da Covid-19. Com as incertezas sobre a retomada das atividades, esse assunto foi um dos temas levantados em coletiva de imprensa realizada com a reitora Cláudia Marliére nesta sexta (22).
 
A maior preocupação da Universidade neste momento é, segundo a reitora, garantir a segurança e a saúde de sua comunidade acadêmica e da sociedade nos municípios onde a UFOP está inserida, por isso o Conselho Universitário (Cuni) votou pela suspensão das atividades no dia 17 de março. “A suspensão do calendário não foi para interromper as atividades. Pelo contrário, estamos trabalhando muito mais, inclusive para dar uma resposta à sociedade sobre a pandemia”, destaca Cláudia.
 
As atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão continuam em andamento remotamente. Grupos de pesquisa se reúnem por plataformas on-line, orientações de trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses continuam a distância, defesas estão acontecendo pela internet e projetos de extensão realizam atividades diversas para continuar atendendo as comunidades.
 
ATIVIDADES REMOTAS - O esforço, neste momento, é no sentido de encontrar uma solução para as atividades da graduação. A reitora conta que uma proposta para que a graduação também desenvolva atividades remotamente está sendo discutida conjuntamente com as entidades representativas das categorias que formam a Universidade: a Associação dos Docentes da UFOP (Adufop), o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFOP (Assufop) e o Diretório Central de Estudantes (DCE). 
 
Neste momento, a ideia é sejam oferecidas apenas uma ou duas disciplinas em um período de um mês, como ocorre nos cursos de verão, diminuindo, assim, o fluxo de pessoas quando da retomada presencial e ajudando também aqueles que dependem de poucas matérias para a conclusão de seus cursos. Essa questão ainda está sendo debatida pela Comissão de Monitoramento Administrativo e Acadêmico e depende de consenso com as categorias para que seja colocada em prática.
 
A reitora destacou que o semestre não será cancelado, apenas o calendário foi suspenso. Isso significa que os alunos retomarão as atividades de onde estavam no momento da suspensão do calendário, sem perdas, e o semestre 2020/2 só terá início após a finalização do 2020/1.
 

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Reprodução / Google Meet
A coletiva foi realizada na manhã desta sexta (22)
 
CONDICIONANTES - No entanto, para que algumas atividades possam ser realizadas remotamente, é necessário que determinadas condições sejam garantidas a alunos e professores, e a UFOP também trabalha para conseguir isso.  A linha central desse esforço passa por um amplo diagnóstico da real situação dos alunos diante de possíveis limitações de acesso à internet em suas moradias de origem, assim como em relação a equipamentos, considerando, sobretudo, as populações de baixa renda, que ocupam hoje 50% das vagas na Universidade.
 
Além disso, a decisão também vai envolver os departamentos da UFOP, que poderão indicar quais seriam as disciplinas ofertadas. A ideia não é que o curso de graduação se torne de Educação a Distância (EaD), já que essas modalidades têm projetos pedagógicos diferentes. “A EaD requer metodologias e determinados protocolos porque é uma modalidade de educação com suas especificidades. Mas aula remota pode usar plataformas de EaD, como o Moodle, assim como outras ferramentas, como o Google Meet”, explica Cláudia. A equipe trabalha para que as aulas tenham início em julho ou agosto.
 
COVID-19 - Para dar a devida resposta à sociedade, a UFOP está desenvolvendo uma série de ações em diferentes frentes para conter o coronavírus, principalmente nas cidades onde há campi da Universidade.
 
Uma das ações mais esperadas é o início dos testes de Covid-19 no Laboratório de Imunopatologia do Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas (Nupeb), já credenciado para realizá-los. Neste momento, a UFOP aguarda o envio de insumos pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). O laboratório tem capacidade de fazer 200 exames por dia e vai atender a rede de saúde de Ouro Preto, Mariana, João Monlevade e Itabirito.
 
A UFOP é também parceira da Prefeitura de Ouro Preto no Hospital de Campanha da cidade. A Universidade trabalhou diretamente em sua organização e continua atuando em sua gestão e operação. O Hospital de Campanha tem 44 leitos de isolamento de enfermaria e dois de estabilização (ventilação mecânica, mas sem tratamento de UTI).
 
Pesquisadores da UFOP trabalham, junto com parceiros da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em um projeto de pesquisa para melhorar a identificação de padrões causados pela  Covid-19 através de imagens de raio-x. A proposta é automatizar o processo com um modelo de redes neurais em profundidade capaz de identificar um padrão nas imagens de raio-X que permite detectar se um indivíduo está com a doença. 
 
Outra pesquisa da Universidade, em um trabalho conjunto com a PUC-Rio, vai ajudar no tratamento da doença. Pesquisadores desenvolveram um oxímetro para monitoramento a distância de pacientes com Covid-19. A ideia é que a nova tecnologia funcione como um oxímetro convencional, com a diferença de que, neste sistema, os resultados são compartilhados com um servidor central e analisados por entidades de saúde competentes. 
 
Acesse o relatório para conhecer mais ações.

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