Criado por Adrienne Pedrosa em sex, 08/03/2019 - 14:56 | Editado por Patrícia Pereira há 5 anos.
O trabalho foi solicitado pelo Ministério da Saúde, que busca alternativas para evitar a infecção canina pelo parasita, e realizado por meio de um convênio entre a UFOP e a Prefeitura Municipal de Governador Valadares. A cidade ofereceu apoio logístico para a realização do estudo por ser considerada área endêmica da doença. A Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais também colaborou com o projeto, fornecendo testes sorológicos.
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O estudo avaliou inicialmente 5.850 cães, dentre os quais foram selecionados 3.742, por serem soronegativos. A divisão ocorreu da seguinte forma: 1.812 cães fizeram parte do grupo que usou a coleira e 1.930 fizeram parte do grupo sem coleira (grupo controle). Os animais foram acompanhados por 12 meses, sendo reavaliados semestralmente com inspeção visual e coleta de sangue para testes sorológicos. No grupo em que houve a intervenção, também foi feita a troca das coleiras.
Foram realizados dois tipos de análise dos dados obtidos, uma por protocolo e outra por intenção de tratar. A análise por intenção de tratar avaliou todos os cães, sem levar em conta o uso coleira. Já a análise por protocolo avaliou apenas os animais que utilizaram a coleira durante todo o período.
Ao final do estudo, foi observada uma menor incidência de infecção por leishmaniose visceral entre os cães que receberam a coleira, especialmente entre aqueles que mantiveram a coleira durante todo o período de acompanhamento. Os resultados indicam que as coleiras impregnadas com deltametrina foram eficazes após um ano de acompanhamento e que seu uso contribui para o controle da infecção canina.