Criado por Juliana Folhadella em qui, 28/06/2018 - 15:19 | Editado por Patrícia Pereira há 6 anos.
Os professores Sérgio Evangelista Silva, Vicente J. P. Amorim e Filipe Nunes Ribeiro, do Instituto de Ciências Exatas e Aplicadas (ICEA) da Universidade Federal de Ouro Preto, desenvolveram um novo conceito de gestão da informação no ciclo de vida dos agentes e das pesquisas dentro do Programa de Incentivo à Inovação (PII).
O projeto, denominado LifeHistory, prevê a longo prazo, um lugar no qual as pessoas possam armazenar e gerenciar documentos e informações pessoais. A ideia é diminuir a quantidade de papel, que pode ser perdido, roubado ou estragado. A solução de localizar tudo em um só espaço também diminui o volume que uma pessoa, instituição ou objeto necessita.
A partir do desenvolvimento do conceito de Gestão da Informação no Ciclo de Vida dos Agentes, os pesquisadores juntaram os serviços de armazenamento em nuvem para associar os documentos de uma pessoa a um só local, on-line. Dessa forma, essas informações desocupam espaço em equipamentos físicos, como computadores e pendrives.
O professor Sergio Evangelista Silva, do curso de Engenharia de Produção, explica como a ideia surgiu: "percebemos que, atualmente, com a ampla difusão da internet, da telefonia móvel (aparelhos celulares e similares) e da computação na nuvem (neste caso a capacidade de se armazenar e gerenciar grandes quantidades de dados de modo remoto), permitiria o desenvolvimento de sistemas de informação capazes de armazenar dados de agentes/entidades (por exemplo, pessoas, automóveis, produtos, organizações etc.) ao longo de todo o seu ciclo de vida". Assim, o conceito de gestão de informação, além de ser aplicado para pessoas, pode também ser aplicado para veículos, imóveis, projetos e produtos. Também é possível armazenar informações de diferentes áreas, como acadêmicas, financeiras e de saúde.
Serviços de saúde - O pesquisador explica que o foco da pesquisa está nessa última área. "Em conversas informais com profissionais de saúde e até mesmo em situações nas quais estivemos como usuários de serviços de saúde, tivemos a oportunidade de perceber que informações históricas da saúde de um paciente, podem ajudar médicos e outros profissionais na tomada de decisões no atendimento (o que é algo que pretendemos verificar de forma científica em estudos futuros). Esse tipo de informação também pode ajudar as próprias pessoas a controlarem seu histórico de saúde (por exemplo, seu histórico de vacinação). Por isso, temos priorizado estudos com este foco", explica Sérgio.
O conceito pode, no futuro, tornar-se um software que vai facilitar e desburocratizar o armazenamento de informações e documentos que têm grande importância na sociedade.