A Imunobioleish-Minas é uma iniciativa que propõe fomentar a pesquisa, o desenvolvimento científico e tecnológico e a formação de recursos humanos, propondo vacinas, biofármacos e imunodiagnósticos aplicados à Leishmaniose Visceral (LV).
A rede de pesquisa reúne pesquisadores de cinco instituições públicas de Minas Gerais, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fiocruz-MG, Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), e teve financiamento de cerca de R$ 1,8 milhão aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
O grupo, que conta com pesquisadores atuantes em diversas áreas, reúne esforços para propor e gerar novos produtos imunobiológicos, desenvolver e testar vacinas, por meio de processos que incluem:
- imunizantes obtidos a partir da vacinologia reversa, também conhecida como vacina quimérica, a exemplo da usada contra a febre-amarela;
- uma PanVacina, capaz de proteger contra as variantes, sendo capaz de proporcionar proteção não apenas para a Leishmaniose Visceral, mas também para a Leishmaniose Tegumentar e Doença de Chagas;
- vacinas vivas, geneticamente modificadas por tecnologia de CRISPR-Cas-9, ferramenta que possibilita alterações genéticas precisas e específicas nas cadeias de DNA e gera rearranjos genômicos;
- construção vacinal quimérica carreada por bactérias lácteas, visando compor uma vacina que possa ser administrada por via oral/nasal.
A rede também vai avaliar uma das composições vacinais, como um biofármaco no tratamento da LV. Adicionalmente, vai atuar prospectando — por meio de técnicas proteômicas e moleculares, tais como bioinformática e PhageDisplay — potenciais antígenos e propondo soluções inovadoras para o diagnóstico das Leishmanioses e da Doença de Chagas através de imunobiossensores.
Com isso, a Imunobioleish-Minas vai ofertar para o mercado, além de candidatas a vacinas, o protótipo de um kit de diagnóstico do tipo point of care que possa ser usado em campo ou no leito de hospitais para pacientes atendidos por essas doenças negligenciadas.
Coordenada pelo professor do Departamento de Análises Clínicas da Escola de Farmácia da UFOP, Alexandre Reis, a Imunobioleish-Minas conta com os seguintes pesquisadores: Vasco Ariston Azevedo e Ricardo Toshio Fujiwara (UFMG); Helen Rodrigues Martins e Lucas Franco Ferreira (UFVJM); Rubens do Monte (Fiocruz/Minas) e Robinson Sabino Silva (UFU). Pela UFOP, também participam os pesquisadores Bruno Mendes Roatt, Wendel Coura Vital e Rodrigo Dian de Oliveira Aguiar Soares.