Criado por Lígia Souza em seg, 08/04/2019 - 15:42 | Editado por Patrícia Pereira há 5 anos.
Apresentar a parlamentares mineiros alternativas e oportunidades para contribuir com o desenvolvimento de Minas Gerais foi o objetivo de um café da manhã realizado nesta segunda (8) na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A reitora da UFOP, Cláudia Marliére, participou do encontro.
Estiveram presentes também dirigentes de outras universidades públicas, federais e estaduais, de institutos federais de ensino e da PUC Minas, além de representantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Academia Brasileira de Ciência (ABC), da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
A reunião de hoje foi um desdobramento de uma audiência pública realizada na semana passada. Nos dois encontros, o principal assunto foi o corte de bolsas e projetos financiados pela Fapemig, que sofre com a diminuição do repasse de verba desde 2016, com impacto no pagamento de bolsas.
Cláudia destaca as perdas da UFOP com esses cortes: "Os prejuízos são grandes para as universidades e também para a sociedade. Para se ter uma ideia, somente na UFOP, entre outros projetos, ficam prejudicadas pesquisas relacionadas à doença de Chagas, à leishmaniose e a doenças cardiovasculares". Diante da urgência da questão, ela declara acreditar na sensibilidade do governo do Estado para resolver as pendências, "sob pena de experimentarmos sensíveis perdas nas ciências, nas pesquisas e na inovação, atributos essenciais para o desenvolvimento de Minas Gerais".
RELEVÂNCIA - As universidades públicas somam hoje mais de 1 milhão e 100 mil estudantes matriculados nos cursos de graduação em todo o Brasil. Os 50 hospitais universitários, que integram a maior rede pública do Sistema Único de Saúde, o SUS, ofertam, em média, mais de 23 milhões de consultas e exames especializados por ano.
Nas universidades públicas existem incubadoras de empresas, escritórios de assistência jurídica, centros de atendimento psicológico e dentário, empresas juniores, entre outras ações que beneficiam diretamente a população. As ações e iniciativas das universidades públicas estão, certamente, entre as principais razões para que o Brasil tenha subido da 23ª para a 13ª posição entre as nações, no campo da ciência.