A proposta do curso de mestrado acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) foi avaliada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O plano é originário de uma parceria entre a UFOP e a Universidade Federal de Itajubá (Unifei), sendo o primeiro nesse formato a ser aprovado. Essa é a primeira pós-graduação desenvolvida apenas no Instituto de Ciências Exatas e Aplicadas (Icea), em João Monlevade, que conta também com o Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, ofertado em uma proposta multicampi em conjunto com a Escola de Minas, de Ouro Preto.
O novo mestrado possui uma única área de concentração, "Sistemas Elétricos e Eletrônicos", contendo duas linhas de pesquisa: "Smart Grids e Energia Renovável" e "Sistemas e Controle". Para a aplicação do programa ainda são necessários acordos entre as instituições e diretrizes finais da Capes, com isso, poderá ser definida uma data para o lançamento do primeiro edital de seleção.
O planejamento do programa teve início em 2019, em um seminário de pesquisa realizado no Icea e no Campus Theodomiro Carneiro Santiago da Unifei, em Itabira. A iniciativa partiu dos professores Wilingthon Guerra Zvietcovich, do Icea, e Aurélio Luiz Magalhães Coelho, do Instituto de Ciências Tecnológicas (ICT), da Unifei.
A partir da criação do programa, foi estabelecido um protocolo de intenções e elaborado um texto visando apresentar a proposta para a avaliação de cursos novos da Capes. O plano ainda precisou ser aprovado pelos conselhos de ambas as instituições para, enfim, ser submetido às diretrizes da Capes em 2022.
Wilingthon salienta a importância da aprovação do programa para o Instituto: "Este programa não só vai ajudar a alcançar os objetivos do Icea, como a procura da excelência acadêmica, o desenvolvimento da pesquisa avançada, uma maior produção científica, maior atratividade para estudantes, profissionais e professores, vai trazer também fontes de financiamento". O professor também explica que o curso vai reverberar fora da Universidade, já que "vai atender demandas da região relacionadas às atividades de extensão do programa de mestrado em Engenharia Elétrica, vindas dos setores público e privado".
A pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Renata Guerra de Sá Cota, reagiu com entusiasmo à aprovação e destacou o acontecimento como "uma conquista que fortalece nossa região e contribui para o desenvolvimento científico e tecnológico". Ela também ressalta a contribuição para a comunidade: "A importância desse programa vai além da formação acadêmica. Por meio da pesquisa e da produção de conhecimento, buscamos impulsionar o desenvolvimento regional, promovendo a inovação e o avanço tecnológico em nossas comunidades".
Segundo Thiago Augusto de Oliveira Silva, diretor do Icea, a implementação do programa vai funcionar como "um crescimento vertical muito importante para consolidar o campus como parte da Universidade, ou seja, para entrar de uma maneira mais consistente no tripé ensino, pesquisa e extensão", além de "fomentar pesquisa no Instituto, aproximar das empresas e de fato conseguir aumentar a produtividade de pesquisa local".