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Deliberação do Conselho Universitário potencializa o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena

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NPG

Em votação realizada na última terça-feira (29), o Conselho Universitário (Cuni) da UFOP deliberou pela alocação de três vagas de professores para atuação no Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi). A decisão pretende suprir uma demanda institucional de mais duas décadas, levando em consideração o cumprimento das leis que tornam obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena no ensino básico e superior (Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008). Também será contratado um professor efetivo com foco no ensino de Libras.

Inicialmente, as vagas serão direcionadas ao Departamento de Educação e Tecnologias (Deete), do Centro de Educação Aberta e a Distância (Cead), vinculado ao Neabi, mas a médio prazo pretende-se criar um novo departamento que será responsável por concentrar as políticas institucionais referentes às relações étnico-raciais da UFOP.

Segundo a reitora Cláudia Marliére, a decisão de propor ao conselho a alocação de vagas desta forma foi feita levando em conta as necessidades de atendimento à lei e do Deete, que não recebia novas vagas há algum tempo. "O estudo foi muito bem estruturado no sentido de tentar compensar o que não foi feito no passado e que comprometia muito a Instituição. Já faz 20 anos que a lei foi aprovada e que a gente não conseguia a implementação dessas disciplinas na formação dos nossos alunos".

O pró-reitor de Gestão de Pessoas, Bruno Camilotto, relator da matéria, destaca que a contratação de professores para atender a essa demanda significa um avanço "muito importante para o crescimento da diversidade e inclusão dentro da Universidade, atendendo também, neste caso, o critério de transversalidade". Ele acrescenta que a demanda pelo ensino de Libras também será atendida, reforçando a pauta de inclusão.

Segundo o pró-reitor adjunto de Graduação, Adilson Pereira dos Santos, a expectativa é de que a Universidade esteja mais próxima da institucionalização de um Programa de Educação para as Relações Raciais, História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. "A longo prazo, espera-se que a medida atenda à curricularização dos três campi, de modo a aumentar a oferta de conteúdo referente à educação das relações étnico-raciais na Universidade", afirma.

A equipe composta pelos professores de diversos departamentos da UFOP que integram o Neabi comemora a decisão. O coordenador, Clézio Gonçalves, vê a alocação de vagas como um momento histórico, que demonstra o reconhecimento e a valorização das atividades do Neabi. Segundo ele, com essa medida, o Cuni supre uma demanda antiga do Núcleo, que permite aos seus integrantes continuarem  "desenvolvendo, com seriedade e compromisso, ações que favoreçam práticas de ensino, pesquisa e extensão sobre a história e a cultura afro-brasileira e indígena. Nós estamos muito felizes pelo futuro que se descortina à nossa frente, com possibilidades ainda maiores de ampliação de nossas atividades nos três campi da UFOP".

O NÚCLEO - O Neabi foi criado em 2012 como Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e, em 2015, incorporou a dimensão indígena. Desde então, oferece cursos de pós-graduação (especialização e aperfeiçoamento) por meio de convênios com o Ministério da Educação. A turma atual da especialização ofertada pelo Núcleo está terminando o curso — são 60 alunos, que concorreram às vagas com mais de 850 candidatos.

Saiba mais pelo site do Neabi.
 

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